Wednesday, April 6, 2016

Os tecelões será que sabem mais que nós?


Hoje estava a olhar pela janela enquanto tomava café. Como é Primavera estavam uma multidão de passarinhos à procura das respectivas passarinhas.

Surgiu-me na cabeça uma reportagem que vi há algum tempo sobre os pássaros tecelões. O objectivo da reportagem era mostrar a força do DNA que permitia que animais sem inteligência efectuarem construções complexas. Na altura como hoje acho que quem filmou a reportagem não viu o óbvio. Embora sim o DNA seja importante na génese que leva à construção do ninho pelo tecelão a verdade era que existia um componente de aprendizagem. E portanto racional no acto em si o qual ultrapassava a simples (sem querer dar ideia de coisa perto de lixo) codificação genética per se.

O tecelão faz o ninho, para evidentemente atrair as teceloas. Passa horas à procura de paus e outros objectos de modo a construir uma coisa apelativa para elas. Quando acha que a coisa pode ser suficiente, põe-se à porta e aguarda as potenciais convidadas. Isto é existe uma procura efectiva de materiais de construção e um sentido de que a obra está completa. Isso em si é prova que exista um raciocínio por detrás. Não quero com isto dizer que os tecelões sejam capazes de escrever sinfonias como o Mozart ou de elaborar questões complexas como o Descartes, tão-somente que existe um componente racional na construção.

Esta lógica ainda mais se fundamenta com o comportamento das teceloas. Na mesma reportagem mostrava que o facto do tecelão considerar a obra pronta, isso não era sinónimo de visitas. E o facto de haver visitas, não era o mesmo de que essas visitas eram automaticamente bem sucedidas. A reportagem confirmava que somente após entre 5-10 visitas, o tecelão podia dobrar a asa e levá-la ao joelho e dizer ”Yes”. Giro era que após esse momento, os preliminares era despachados duma forma relativamente rápida e o Tecelão podia rapidamente entrar na fase do cigarro e perguntar se a terra tinha tremido para teceloa.

A reportagem não era clara se era a mesma teceloa, que passava 5-10 vezes na proposta de habitação ou se normalmente elas passavam por 5 casas e ficava automaticamente na 6ª, tipo o vamos lá a despachar a coisa e depois visitar o tecelão que me interessa, porque nessa altura ele já não pensa que eu sou uma teceloa fácil (comportamento muito comum nos humanos). Na verdade a pessoa que fez a reportagem não focou praticamente nas teceloas. Muito possivelmente com base no facto de que se as mulheres já são difíceis de entender então perceber as teceloas…

Bom independentemente do motivo, a verdade é que a teceloa verificava com cuidado a habitação, o que demostra que conseguia analisar a construção e basear a sua decisão no trabalho feito. Isso obviamente demostra que muito embora para nós humanos, uma casa era igual a outra, para os tecelões haviam aspectos diferentes que eram avaliados. Novamente algo racional por detrás.

 Sempre que a visita falhava o tecelão reiniciava o trabalho e tentava melhorar para a próxima visita. A reportagem salientava o facto de mesmo após um certo número de visitas, nem todos os tecelões chegavam à fase do “YES”. O que significava que teriam de caso falhassem teriam de espera mais 1 ano por uma nova oportunidade, o que sem revistas, nem filmes, nem internet, não teriam hipóteses de ver teceloas mais de perto ou mesmo de estabelecer contacto com elas. Ainda bem que os animais têm perspectivas diferentes sobre estes assuntos.

Agora vamos imaginar que os seres humanos eram tecelões. Uma vez por ano, sabiam que havia teceloas disponíveis. No entanto tinham de se esforçar em terem comportamentos aceitáveis de modo a serem escolhidos. Caso falhassem iam passar 365 dias se poderem fazer mais que chupar no dedo. Se calhar os problemas de relacionamento e a falta de respeito pelas mulheres que alguns fazem alarve iam diminuir. A existência tanto de Homens como mulheres talvez melhorasse.

Saturday, January 24, 2015

Rainy days


Today was raining again. I do love rain. One of my happiest moments was in Maldives when I was on the beach and rain started to pour down from the sky. The drops were hot and they just run over my body just as a multitude of warmth small touches giving a feeling of been part of all that beauty.

I end up diving into the bay and as I floated on the sea, rain drops messing my hair, I looked back into the beach and saw the palm trees dancing with the wind following the sound of raining falling. It is still one of those moments to where I can escape when I feel down.

Rain has this ability, we call it rain but in fact it is not a single entity. Rain is a multitude of water drops which will touch one in single manner. It is the adding of each single touch that will induce your feelings towards the Rain itself, and will make it Good, Bad or Indifferent about it. Kind of the same of what happens in a Relationship which strangely enough also starts with “R”.

My love towards rain started when I was young. My mother would not let me go outside to play if it was raining. So I would go to a window and wait for it to stop. At the beginning I just thought “Stupid rain, stop, come on strop!” But as it never stops when we ask, I just sulked and end up with the “this is not fair” sentence.

One day however instead of sulking I just look to it throw a window. It was then when I fall in love by the Rain. The drops of water hitting the glass and going each one their one way, some would get together, others would follow their on their path, others would mingle together before falling, some would stand and wait for a friend before falling… It was an entire world that was unveiling itself to me, much of the time things happened so fast that if I was not paying attention those worlds would just vanished for not be seeing again.

It is the same as a Relationship.  We call it as it was one entity, but the truth is that it consists of a multitude of things, touches, words, actions… Any one of them will touch you on a single manner, but it is their global action which will make your feelings of Love, Hate, Indifference towards the Relationship a part of you and a part of what you are. As in the rain drops and the glass, sometimes you need to get a different perspective before you simply notice that those things are there. And in the same way if you do not pay enough attention, it will just disappear in front of you and fall down to earth.

That is why I do love Rain!

Wednesday, January 21, 2015

A vida é complicada! Mas pode-se sempre Complicá-la mais - Parte 3

A Rainha Má tinha conhecimento desta história. Ela também sabia que independentemente dela, se queria os Lábios do Príncipe para curar a Bela Adormecida, não podia ir lá e pedir ao Príncipe. Independentemente do resto não iria por em causa tudo o que tinha construído ao longo dos anos devido a ao mau feitio do Príncipe.
Pensou, pensou e finalmente chegou ao estratagema que lhe permitiria obter o seu desejado Franchise no Reino do Pai da Bela Adormecida.
Primeiro foi ter com a Fada Madrinha.
No inicio ela não quis receber. No entanto a Rainha Má fez-lhe chegar uma mensagem onde dizia preto no branco, que ou a recebia ou ela mandava chegar ao Príncipe a localização da Branca de Neve.
A Fada Madrinha compreendeu que isso significava que o laço com o Príncipe não poderia ser cortado, e que portanto a sua felicidade com o Mordomo ia ser interrompida.
Lá acedeu a receber a Rainha Má.
-Venho aqui, dar a solução final do teu dilema! – disparou a Rainha Má quando se encontrou com a Fada.
- Qual dilema! – tentou objectar a Fada – Não tenho nenhum dilema. Eu sou uma Fada e tu uma Rainha Má. O meu propósito na vida é impedir que os teus esquemas funcionem.
- Fico muito lisonjeada por me chamares Rainha Má. Na verdade desde há muito que não sou Rainha. Sou directora da minha própria empresa. Os meus esquemas agora são como obter quota de mercado, como baixar os custos de produção e como atingir o maior preço que as pessoas querem pagar pelo meu Producto.
- Ok! Agora és CEO! – respondeu a Fada – Sendo assim em que posso ajudar. E em que me queres ajudar.
 - Quero te ajudar a quebrar a ligação ao Príncipe! – respondeu a Rainha Má (CEO Mau – perde um pouco com a tradução) – Sei que a situação te não agrada. Sei também que pretendes ter a tua própria vida.
- Não vou negar o que me dizes! Mas isso não quer dizer que vai te ajudar a fazer coisas malvadas.
- Não, nada de malvadezas, ou melhor somente um pouco malvadezas.
- Explica lá! – disse a Fada, a curiosidade completamente desperta.
Então a Rainha Má explicou. Contou a história de inicio, em como a princesa do reino tinha adormecido, como o rei tinha oferecido uma recompensa, como se tinha lembrado do Beijo acorda adormecidos do Príncipe, de como isso poderia se traduzir numa expansão do seu negócio.
- Percebo! Realmente compreendo o teu Ponto. Na verdade não vejo sequer um índice de malvadeza nisso. O que me falta perceber é como isso me afecta. E como isso me pode ajudar.
- Tu sabes que não posso chegar junto ao Príncipe e ir pedir para beijar uma Princesa! Não tenho maneira de saber o que ele me fará, e não conseguirei nunca que ela o faça por mim! Preciso que sejas tu a dizer-lhe! Preciso que sejas tu a pedir.
- Compreendo agora o que pretendes! Sem querer parecer interesseira, está-me a falhar o como é que isso me pode ajudar.
- Aqui entre uma das pequenas malvadezas. È mesmo pequena. Dizes que procuraste a Branca de Neve e que a encontraste. Sabes também o que aconteceu. Ela foi raptada por uma bruxa má e transformada numa outra Princesa. Como da outra vez está adormecida e precisa dum beijo para acordar.
- Percebo o que queres dizer por pequena malvadeza. Falha-me ainda como para além de mentir isso pode-me ajudar. Lá por ter mentido ou mesmo por causa disso, o Príncipe não irá quebrar a ligação comigo.
- Tens razão! No entanto a tua parte não está ainda completa! O que te falta dizer é que para o transportares ao lugar aonde está a Princesa necessitas de usar toda a tua magia, pelo que depois não poderás ser mais a Fada Madrinha dele. Perguntas se ele concorda em quebrar o vínculo contigo após o transportares para o lugar, ele diz que sim e estás livre. Se ele disser que ele pode ir pelo seu próprio pé ao lugar, tu só dizes que a magia da Bruxa que lançou o feitiço e muito forte pelo que necessitas sempre de usar a tua.
A Fada Madrinha começou a pensar sobre o assunto. Na sua cabeça pesou os prós e os contras da proposta da Rainha Má.
- Finalmente livre para viver a minha vida! – pensou.
- Se calhar vou necessitar de algum tempo para pensar. – disse em voz alta.
- Gostava muito de te dizer que sim. No entanto a mensagem do Rei era clara, caso não se faça nada a Bela Adormecida pode morrer. Se morrer não recebo a recompensa. Ainda precisamos de ver como convencer o Príncipe a estar disposto a ir. Não temos mesmo muito tempo.
A Fada mergulhou nos seus pensamentos, por uns longos minutos. A Rainha Má aguardou. No fundo já sabia qual seria a resposta. Tudo o que a Fada Madrinha podia fazer era adiar a questão.

Como todos sabemos as historias de fadas têm sempre um final feliz, portanto.........

Friday, May 20, 2011

A vida é complicada! Mas pode-se sempre Complicá-la mais - Parte 2


A Cinderela passou por um banco de jardim, ao lado duma fonte. Como estava calor sentou-se. Começou a recapitular o que tinha acontecido. A expulsão do Principe pela CatWoman quando o apanhou debaixo do cobertor com a Fada Madrinha Junior. De como ele tinha ido viver com Mãe, e de como ela se lembrava de como se tinha tornado a Bela Adormecida.
A Cinderela por um lado achava o comportamento do Pai da Bela Adormecida muito egoista, mas também percebia o seu sofrimento e desespero ao enviar o pedido de socorro a todos os cantos do reino.
Enquanto a Cinderela passava as mãos, distraidamente, pela água fresca da fonte, começou a pensar no resto da história...


2 – A Rainha Má e a Branca de Neve

A Rainha Má tinha deixado de ser Rainha após ter caído em desgraça, quando se tornou pública a perseguição que tinha movido à Branca de Neve.
A exposição púnlica começou logo que o Príncipe acordou a Branca de Neve e se casou com ela.
Sentindo que grande parte dos habitantes do reino estavam do lado dele, ele não descansou enquanto não destronou a Rainha Má e a expulsou do Palácio.
Sem saber o que fazer, vendo-se sem reino, nem casa, a Rainha Má tinha olahdo para as suas as suas habilidades pessoais e rápidamente se apercebeu que havia muitas pessoas que não conseguiam adormecer facilmente. Fácilmente viu a potencialidade da sua poção mágica para tratar estes casos. Após alguns ajustes na dose, abriu a Companhia Maça Envenenada e começou a comercializar a nova dosagem dentro de apetitosas maças vermelhas. A estrada para o sucesso estava aberta.
Em poucos meses, a Rainha Má tinha conseguido voltar ao seu estilo de vida anterior.
No entanto, rápidamente atingiu uma elevada taxa de cobertura, pelo que se queria aumentar o número de potenciais clientes, começava a necessitar de expandir para outros reinos. O problema estava que na sua qualidade de Rainha Má deposta, era-lhe dificil negociar com outros Reis, já que antes mesmo de poder mostrar as qualidades do seu producto, recebia logo um rotundo “Não, Obrigado!”.
Quando recebeu a notícia do que tinha acontecido à Bela Adormecida, e a oferta duma recompensa pelo Rei, viu ali uma boa oportunidade. Compreendeu que caso conseguisse que a paga dos seus serviços fosse a possibilidade de comercializar o seu producto, outros reinos ficarima mais abertos às suas sugestões de negócio.
E de facto ela tinha a potencial solução já que à sua memória surgiu veloz o facto de o mesmo Príncipe que a tinha expulsado, tinha também uns lábios curativos responsáveis por acordar a Branca de Neve do seu sono induzido por uma dose muito forte do seu elixir. Se conseguia isso, de certeza que acordar a Bela Adormecida seria uma tarefa fácil.
A questão era como poderia sequer chegar perto do Principe.
Primeiro imquiriu junto dos seus colaboradores.
Rápidamente descobriuu que a Branca de Neve tinha vivido somente alguns anos com o Príncipe.
Embora o Príncipe tivesse uns Beijos espectaculares, raramente sentia a necessidade de os usar. Gostava mais de passar o tempo a cavalgar pelos bosques, a caçar javalis, a beber canecas com os amigos e a dar beliscões às empregadas das tabernas.
Com o tempo, sem nada para fazer durante o dia, e com menos que fazer durante a noite, a Branca de Neve começou a relembrar os tempos em que vivia com os Sete Anões. A sensação de se sentir realmente necessitada, e de que o que fazia era valorizado, começou sorrateiramente a entrar na sua mente, até que se tornou permanente.
Por outro lado a ideia de quão sem sentido a sua vida era naquele Palácio, onde ninguém lhe prestava atenção, cada vez mais a fazia sentir vazia e sem valor.
Era bem verdade que nenhum dos 7 Anões sabia beijar bem, mas também era verdade que cada vez mais os beijos do Príncipe eram mais lembranças do que reais.
As duas ideias começaram-se a misturar até que um dia passaram a ser uma sensção única, que lhe apertava o coração quase duma forma física. A partir de certa altura dessa angústia nasceu naturalmente a sensação que o seu lugar possivelmente não era no Palácio mas no sitio onde a sua presença fazia a diferença.
No entanto uma parte dela continuava a desejar fiacr como Principe, pelo que sempre que a ideia de fugir ficava masi forte, ela encontrava mil e uma razões para a adiar.
Até que um dia, ao encontrar o Príncipe abraçado a uma das criadas, viu que nada iria mudar e que não havia qualquer razão para adiar o inevitável.
Agarrou nalgumas roupas mais confortáveis, e fugiu do Palácio de volta à casa dos Sete Anões.
Chegou no dia seguinte perto da hora de jantar. As lágrimas cegaram-na de alegria quando viu e as saudades de todos os 7 Anões lhe atordoaram os sentidos.
Eles quiseram logo fazer uma festa de boas vindas, e tiraram do armário a loiça especial de festas. Durante o jantar ela contou a sua história e recebeu em troca a compreensão de todos eles. Depois comeram, cantaram e dançaram até altas horas da Madrugada.
Quando acordou no dia seguinte, com a luz do sol beijando-lhe os lábios, sentiu esse beijo como se fosse uns dos beijos iniciais do Príncipe. Era amada, era necessária, era querida. Era ali o seu lugar.
O Príncipe por outro lado demorou algumas semanas a perceber que a Branca de Neve se tinha ido embora.
Na verdade, se não fosse uma semana com chuvas particularmente intensas que não permitiam cavalgar, possivelmente ainda demoraria mais algum tempo. Quando chegou ao quarto da Branca de Neve e o encontrou vazio, mandou-a procurar pelo Palácio.
Após alguns dias de buscas, finalmente compreendeu que ela tinha desaparecido. No entanto, como entretanto o bom tempo tinha reaparecido, só passada mais uma semana, resolveu tentar esclarecer a questão do desaparecimento.
Mandou chamar a sua Fada Madrinha.
A Fada Madrinha tinha sido uma herança da parte da mãe. Normalmente as Fadas Madrinhas são atribuídas a Princesas. Tinha sido a mãe que após sucessivos acidentes de caça, tinha decidido que o filho ia necessitar duma Fada Madrinha.
Inicialmente a Fada Madrinha não queria sequer falar do assunto.
As Fadas Madrinhas eram para Princesas, dizia ela, para os Príncipes existem os Mordomos. Mas a Rainha tanto insistiu, tanto insistiu que por fim a Fada Madrinha cedeu, muito devido à amizade profunda que ligava as duas.
Com o tempo, no entanto, os sucessivos disparates e dislates do Príncipe tinham-a desgastado emocionalmente, e a Fada Madrinha andava já há algum tempo, há procura duma maneira de se desligar da promessa feita há tanto tempo atrás à rainha mãe.
O casamento com a Branca de Neve tinha permitido começar o processo de afastamento. Logo não ficou nada satisfeita quando foi chamada ao Palácio.
-A Branca de Neve desapareceu! – começou a dizer o Príncipe – Quero que a encontres e tragas para mim!
- Desapareceu mas desapareceu quando? – perguntou a Fada Madrinha, sentindo-se simultaneamente alarmada e incrédula.
- Bem… - começou o Príncipe – Eu dei por falta dela há cerca de 15 dias. Mas após falar com os servidores do Palácio, parece que ninguém a vê, há cerca de 2 meses.
- Deixa ver se percebi?! – disse a Fada, o alarme completamente substituído pela incredubilidade - Vossa Alteza não sabe dela há 15 dias, deve ter desaparecido há cerca de 2 meses e só hoje me manda chamar??
- É! Tenho estado muito ocupado. Nos últimos meses o tempo tem estado particularmente bom e a caça tem sido excelente.
- Humm! Algum dos servidores encontrou alguma prova de violência, de que ela tenha desaprecido contra vontade.
- Não! Aparentemente esfumou-se em pleno ar. Num momento estava aqui, 2 meses depois não estava.
- Compreendo! – disse a Fada.
O que ela não disse mas pensou, foi que compreendia muito melhor a Branca de Neve. Ela própria estava tentada a desaparecer também.
- Irei procurá-la e informarei Vossa Alteza.
A Fada não precisou de muito tempo para descobrir a Branca de Neve. De longe vigiou-a durante umas horas. Viu o ar feliz com que ela estava, a cor que lhe cobria a alvura da pele, na maneira leve e despreocupada com que andava de um lado para outro. Quando os 7 Anões chegaram, viu também a maneira como olhavam para ela, misto de amor e dedicação.
Voltou para a sua casa e mandou uma mensagem ao Príncipe.
Nela dava conta da sua intenção de procurar a Branca de Neve por todos os meios ao seu alcance. No entanto queria avisar desde já que tal busca ia ser difícil devido ao longo tempo que ia desde o desaparecimento efectivo até agora. No enatnto logo que tivesse alguma novidade lhe diria alguma coisa.
Depois abraçou o seu Mordomo e disse-lhe.
-Acho que a minha ligação ao Príncipe terminou. Chegou à altura de nós próprios nos dedicarmos a nós.
O Mordomo ficou muito feliz e pedi-a em casamento. Dessa ligação nasceria mais tarde a Fada Madrinha com queda para os cobertores.

Fim capitulo 2

Tuesday, May 17, 2011

A vida é complicada! Mas pode-se sempre Complicá-la mais - Parte 1


Da minha última história obtive algum feedback no qual se lamentava a omissão de alguns personagens importantes.
È evidente que essa omissão não foi propositada, no entanto para que possa incluir todos os personagens pedidos tenho que dividir o restante em alguns capitulos.
pelo que…


1 – A Bela Adormecida

A Cinderela tinha passado um dia interessantíssimo nas compras. Após ter saído da peixaria e enquanto avaliava os legumes, tinha começado a ouvir os comentários acerca da expulsão do Príncipe e da Fada Madrinha do palácio pela CatWoman (Mulher Gata, perde um pouco na tradução).
Durante toda a manhã a história tinha adensado e ao fim da manhã, a Cinderela (Gata Borralheira, também perde um pouco com a tradução) tinha já uma imagem clara sobre a linha de acontecimentos, e os potenciais desfechos.
Enquanto carregava os sacos a caminho de casa, reviu todo aquilo que tinha ouvido durante a manhã enquanto saltava de banca em banca.
O Príncipe, depois de ser expulso, tinha-se mudado com a Fada Madrinha para casa da Mãe, a Bela Adormecida. Ambos tinham-se instalado numa parte solarenga do Palácio e passaram a utilizar o cobertor como parte integrante das suas conversas isto porque, no Palácio da mãe, não havia tantas correntes de ar.
A Bela Adormecida primeiro ficou um pouco constrangida pelo filho estar a viver em sua casa com a Fada Madrinha. Mas, depois de ele lhe ter dito que entre ele e a Fada só havia uma amizade forte; que tudo o que faziam em cima do cobertor era falar; e que só tiravam a roupa toda para melhor estarem em contacto com o seu Eu mais profundo, lá passou a aceitar a presença de ambos.
No fundo o Príncipe era Príncipe e a CatWoman Princesa, e toda a gente sabe que as Fadas Madrinhas necessitam de conhecer as pessoas Intimamente de modo a poderem dar o seu melhor conselho quando tal é necessário.
Ela própria se recordava que o facto de o Príncipe, seu filho, existir e que presentemente ser Adormecida de apelido, se devia em grande parte à existência da mãe da Fada Madrinha.
Recordava-se como fosse ontem.
O pai tinha planeado casá-la com um Rei dum reino distante. Ela não queria mas por mais que protestasse, não conseguiu demovê-lo da decisão.
Por fim cedeu quando o pai lhe disse que antes de tomar uma decisão, o melhor seria conhecer o Rei. Podia ser que ela estivesse a fazer uma tempestade num copo de água.
O Pai sem mais delongas, enviou uma mensagem para o pretendente e começou os preparativos para o evento. Logo que recebeu a confirmação da data, comunicou-a à Bela Adormecida.
A partir daí o assunto não mais foi abordado.
O tempo passou e chegou enfim o dia da apresentação Real. Durante o pequeno-almoço O Pai relembrou-lhe a grande estima que o pretendente lhe tinha. O Rei era um pessoa muito ocupada e normalmente nunca viajaria para conhecer a Noiva. Seria a Noiva que deveria fazer a viagem. Só que no caso dela, a beleza Da Bela Adormecida tinha-o motivado a fazer a viagem.
A princesa vestiu um dos seus vestidos mais bonitos, que lhe beneficiavam a figura esguia e fazia sobressair os seus olhos azuis. Depois aguardou pela chamada do Pai.
O pai tinha planeado uma pequena recepção, coisa simples cerca de 200 convidados, 3 tipos de licores, 20 pratos de aperitivos, 15 espécies de vinho para combinarem com os aperitivos e um pequeno espectáculo de circo. Coisa pequena e intima para comemorar a ocasião. Quando o Pai achasse conveniente, ela seria chamada para serem formalmente apresentados.
Passou uma hora, depois 2 horas, e ainda a Princesa, na companhia das suas aias aguardava a chamada. Cada minuto que passava, mais impaciente ela ficava. Uma impaciência fruto dum misto de nervoso, aborrecimento e curiosidade pelo aspecto do homem que iria ser seu marido.
Ao fim de 3 horas, o Pai finalmente chamou-a.
A princesa colocou um véu que lhe escondia o rosto, colocou-se à porta, fez sinal para as aias para se colocarem atrás dela e novamente esperou. Ao fim de alguns minutos a porta abriu-se e ela entrou.
A sala tinha sido arrumada e entre ela, o pai e o pretendente tinha-se colocado uma enorme passadeira vermelha.
A Princesa baixou os olhos enquanto caminhava em direcção a ambos, sentindo sem ver os membros da corte, curvando-se à sua passagem, e ouvindo sem olhar as expressões de quão bonita ela estava.
Quando chegou, manteve os olhos baixos enquanto lhe levantavam o véu e ela pode finalmente olhar para o pretendente que o pai tinha escolhido.
O seu coração gelou. O pretendente olhou para ela, fez um sorriso de gato que comeu o canário disse:
-É muito bela, Princesa! Tenho a certeza que me irá dar um Belo herdeiro!
Depois virou-se para o Pai e continuou a planear o casamento. Para ele a apresentação estava feita.
O Pai olhou para a Princesa e disse:
-Obrigado por teres vindo! De certeza que esta ligação irá reforçar a união dos nossos reinos. Daqui a um pouco passarei pelos teus aposentos para te informar dos detalhes da cerimónia.
Bela quis gritar, mas não conseguiu. Lentamente baixou a cabeça, recolocou o véu e saiu. Logo que pode, desatou a correr para o quarto e lançou-se na cama, a chorar convulsivamente.
O pretendente não queria saber dela, o Pai não queria saber dela. Ninguém queria saber dela. Ela pelo seu lado só queria fugir, fugir, fugir.
Mas fugir para onde. Se saísse do Palácio, o Pai iria procurá-la. Seria apanhada e enviada para o pretendente, ou pior.
Perdida nos seus sentimentos, lentamente começou a fugir para dentro dela, obrigando por fim o seu coração a adormecer.
Quando finalmente entraram no quarto umas horas depois ela estava sentada no banco à frente da janela, com olhos fechados, corpo rígido e frio.
Chamaram os médicos que constataram que ela estava viva, mas como que adormecida. Tentaram acordá-la de todos os modos que se lembraram. Sem sucesso.
O rei pretendente, no dia seguinte partiu. Esposas adormecidas não podiam ter filhos. Bem na realidade até podiam, mas a questão do Parto poria alguns problemas complicados.
Antes de partir pelo que informou o Rei Pai que devia às novas circunstâncias o casamento não se poderia efectuar.
O Pai nem se despediu dele. Na verdade passava horas e horas no quarto tentando perceber o que se passava.
Embrutecido pelo dor, só quando os médicos começaram a dizer que caso a Princesa não acordasse iria morrer de fome e sede em poucos dias, fimnalmente se apercebeu da gravidade da situação.
O Rei mandou lançar os arautos a anunciar recompensa caso alguém conseguisse acordar a Princesa.
A notícia da Bela Adormecida e da recompensa por acordá-la correu célere. Rapidamente chegou a um Reino distante onde vivia a Rainha Má.


Fim do capitulo 1

Monday, May 9, 2011

It's complicated


Life is complicated.
Yesterday I was thinking about this and suddenly realized that life is not complicated by itself, but mainly because of relationships’.
Let’s take for instance Pinocchio.
Pinocchio was a very simple guy. He had a big issue. It’s very hard to get dates when your nose start growing anytime you lie.
So, during the 1st phase as everyone knows it is difficult to keep always true.
-I am very interested by be your friend! - Says Pinocchio.
Pouf the noses get slightly big.
-No of course not! I am only interested in getting to know you better!
Pouf Pouf
-Yes I only want to go out with you, as friends.
POUF pouf pouf
After 15 minutes on the 1st date, poor Pinocchio had to place his face sideways.
-Oh my nose! Yes I am allergic to pollen! This time of year just kills me.
POUF POUF POUF POUF
After a dozen 1st dates Pinocchio had come to terms that maybe he was going to die virgin. But as he was a simple person he never cease to believe that sooner or later he would find the one person to whom he could be true and therefore at least pass to the 2nd date and maybe at least to 1st base.
One day when he has on a single’s bar he met the one guy. He had a very bad 1st date and was playing billiard with his nose. The other guy found that a potential good way to win some bets playing for money and invited Pinocchio to play with him with 2 out of town suckers which were a bit drunk. In the beginning they were not to keen, but the Pinocchio with that big nose and a simpleton look smelled an easy buck so they went along.
Of course Pinocchio’s team won and a beautiful friendship was born.
-My name is Big Bad Wolf. – The other guy told Pinocchio- My Fiends call me Wolfie, my Girlfriends Biggie. You can call me Bad Wolf.
-So why you are alone, in this single’s bar full of lovely ladies? – He asked.
Pinocchio told him is story. Bad Wolf listens to him very carefully and in the end he told Pinocchio:
-That is the saddest story I ever heard! So does not mean that you even got to 1st base until today?
Pinocchio sadly nodded.
-You know which is your mistake? – Asked Bad Wolf- Your mistake is that you do not tell then the truth.
- Me on the other end I always tell then the truth! – He continued.
-When they ask “Why do you have that Big Eyes?” I just say “It’s for better see you”!
-When they ask “Why do you have that big mouth?” I just say "It’s for better eat you”. And so on…
Pinocchio just found that a revelation, and as he walked home with his new friend he thought about it over and over.
-How simple it is!-he thought-The only thing I need to do is just tell the truth.
The next day, he woke up and decided to use his new approach.
He had for some time had his set in one of his neighbors, Cinderella. Cinderella was a very beautiful girl. Her blond hair, big blue eyes and a lean figure, had filled some of his nights, whilst he was playing with his nose after a disastrous date.
So next morning, he went to Cinderella’s house and knocked. Cinderella did not live alone. She had 3 other sisters. They were very ugly, mainly because they had poor taste in dressing up, and they use way too much make-up. They also went to same hair dresser since ages. However the main reason why they were ugly was that they never had a date and therefore their personality could be used in batteries as acid.
-Good Morning- said Pinocchio- Is Cinderella home?
-No! She went to the fish shop! – Said one of the ugly sisters- What do you want with her?
At first, Pinocchio though of saying something like “I come for a cup of sugar! Mine seems to have run out!” But then he realizes he was a new man so he just said:
-I want to invite her to the Prince’s ball.
The ugly sister thought of just slam the door but then she look at him and said:
-Aren’t you Pinocchio?
- Yes I am! - He replied.
-Come in and wait for her at the living room! I am going to call my sisters and will join you in a moment!
Pinocchio was taken to the living room and left there. The ugly sister went to call the other 2.
-Sisters, I have down there that stupid guy who can not lie because his nose grows. Come with me and let’s see how big he can get.
The 3 sisters went down to the living room but just as they were about to get in, someone knocked at the door.
All 3 stopped and looked at each other.
-Don’t you dare to go in without me? –Said one of the sisters as she went to open the door.
As she opened the door she realized her mistake. Outside dressed in black and holding a basket full of apples, was the Bad Witch.
The Bad witch was bad news. She used to be a Good Witch. She used to have a thing with the Fairy Good Mother but one day, they had a very nasty fight about a pumpkin. The witch had strong feelings about that pumpkin and every night she spend some time with it, caressing and calling it “ My little pumpkin!” . That night the Fairy God Mother in a jealousy attack just hit the pumpkin and it felled hard on the floor and cracked open. The fight was bad and in the end the witch expelled the Fairy from their condo.
Without a place to stay, with only the clothes she had on, the Fairy had to call the Prince for help.
The prince took the fairy good mother to the palace and the talked and talked. As the night was chilled the Prince took out a blanket and the just sit together under it and talked and talked. As the blanket was a good one, the temperature rouse and they had to take some clothes in order to not get sick with some draft. Palaces are very draft and everyone knows you can catch pneumonia very easy.
This was what the prince told his Wife the Cat Woman when she caught then both with no clothes under the blanket in the next morning. Although The Prince wasn’t like Pinocchio, The Cat Woman found that hard to believe and in the end she thrown both out of the Palace.
Heart Broken by the lost of the little Pumpkin and the Fairy God Mother in the same night, the Good Witch become the Bad Witch and started to work for The Poison Apple Company. She becomes a Sales Representative of that company selling Door to door. As she was a powerful witch, she climbed fast on the organization as no one in their perfect mind would say “No” to her. In fact, the Poison Apple Company could not keep up the supply of apples, as the Bad Witch sales volume grew higher and higher everyday.
So as the Ugly sister opened the door she knew she and her sisters were in trouble. Unsure of what to do, she invite her in to the living room and they all joined Pinocchio.
The Bad Witch started to so the selling pitch.
-My Name is Bad Witch and I represent the Poison Apple Company. My company drive is to provide the best Poison Apple’s that are available in the market at a fair price.
She continues for a couple more minutes and then she looks at Pinocchio and asked:
-So what do you think of my apples? Are they not excellent? They look yummy don’t they?
The 3 ugly sisters look at each other and look horrified as Pinocchio open his mouth. But then one of sister’s jump off and just kissed Pinocchio in the mouth, silencing his words.
-Yes they look marvelous, said another of the sisters.
The Bad Witch looked at the couple kissing and another piece of her heart broke as she remembered what she had lost.
Eventually the kiss ended. When Pinocchio had catches is breath he asked one of the sisters:
-Can you please go to the bar and ask Big Bad Wolf to come here. I believe he would like to have some of these apples.
The nose grew a bit. Feeling that, he kissed again the sister.
The second sister went up and went to the bar to get Bad Wolf. Bad Wolf was with Cat woman at the bar. After hearing what the sister told then, the 3 of then returned to the house.
As they went into the living room, they saw the Bad witch trying to put one of the apples on the mouth of the 3rd sister, mainly because sister 1 and Pinocchio were still kissing and therefore its has hard to put an apple there.
Bad Wolf and Cat woman seized the Witch’s hand.
-DO you see these teeth Witch? DO you know what they are for?
The bad Witch looks at Bad Wolf teeth and Cat woman Claws and realized she was beaten.
-No warm intended. Just wanted to show how tasty the apples are. - She said.
-I do not think anyone here wants your apples today! You should better leave.
The Bad witch looked around, picked up her basket and went off.
Pinocchio went up and hugged bad Wolf.
-Oh thank you! Thank you!
-Nothing to thank me! –Said the wolf-I just don’t like door to door salespersons.
-Oh no, no!-replied Pinocchio-Not thanking you about that. I am almost at 1st base. I just told the truth as you told me…
-Oh, OK!-said Bad wolf.
Pinocchio sat again and continued to kiss the 1st ugly sister, which at that point was not ugly anymore.
Bad wolf looked to the 2nd sister.
-Clean up your make up. And Loose up your hair.
-Why? - She asked.
-Because I want you and you will look much prettier that way.
She looked at Bad Wolf and after a couple minutes she did what he told her. At this point Bad Wolf picks her up on her arms and kissed her.
Cat Woman looked around and found the 3rd sister, still slumped on the couch.
-Those clothes are dreadful. I know a lovely shop that has great dresses. Want to come?
The 3rd sister nodded and both went out. Later on they bought besides the dresses a new excellent blanket under which they both talked and talked.
So you see. Life is not complicated. Pinocchio just wanted someone to whom he could be truthful. Cat Woman only wanted to talk under the blanket, the 1st sister someone who desired her, the 2nd sister someone who cared about her, the 3rd sister someone who would protect her and Bad Wolf… well that one only had one thing on his mind.
Life again is not complicated. What makes it complicated is all the troubles we make ourselves sustain in order to get what we really want.  

Friday, March 4, 2011

Passar a ferro (part 2 de 2)


Bom lá estava eu com a cozinha inundada.
E, claro, na ponta oposta em relação à saida.
Lá foi eu splash, splash até à porta, tirei as meias e dobrei as calças.  Olhei para as 2 filas de roupa estendidas ao longo da cozinha, apaguei a luz e foi para a sala.
No dia seguinte tomei o pequeno-almoço na rua.
Quando voltei a roupa estava seca. Comecei a tirá-la da corda.
Roupa seca tem de ser colocada em algum lado. Não tinha cesto, portanto vai de pô-la nas costas duma cadeira da cozinha.
O problema se usar as costas das cadeiras é que a partir de certa altura, com o peso a cadeira cai. Quando cai para além do estrondo espalha tudo o que estiver nas costas pelo chão. Este facto, descobri-o, ia a meio da 2ª corda.
 Levantar a cadeira, apanhar a roupa do chão. Desta vez dividi-a entre as costas de várias cadeiras.
-Comprar cesto amanhã sem falta! - disse para mim.
Depois da roupa, tiro a corda. Olho para o chão e está imundo. Altura de o lavar.
Quando acabo tenho de esperar que seque.
Novo dia seguinte, nova camisa.
À noite trago o cesto e mais 2 camisas novas, não vá o diabo tecê-las.
Depois do jantar altura de finalmente passar a ferro a roupa.
Novo desafio.
Aparentemente o ferro, para engomar, necessita duma superficie lisa por baixo. Isto não ear por si um facto novo, só que por entre a dezena de camisas novas, a máquina, o ferro, o anti-calcário, a corda, o pendurador de roupa e o cesto já tinha gasto uma fortuna. Assim tinha decidido que para já iria usar antes a mesa da cozinha.
Portanto  puxei a mesa para o meio da cozinha, coloquei uma toalha, arranjei as cadeiras, coloquei o ferro em cima da mesa e... claro, o fio do ferro não chegava à tomada. Tinha de comprar uma extensão.
Alternativa de gajo.... rearranjei a mesa e lá consegui que o fio mais ou menos esticado ao longo da cozinha conseguisse chegar à tomada.
Liguei o ferro, termostáto no minimo. Livro de instruções do ferro.
Aparentemente os simbolos no termostáto tinham  significados como , lâs. Tecidos sintéticos, algodões.
Ora como lâs eu não tinha a questão era, o que raio é que é um tecido sintético.
As instruções diziam também que era normal que quando se ligasse o ferro pela primeira vez era possivel haver um pequeno cheiro a queimado.
Com a questão do tecido sintético em aberto, pôs o termostáto em algodão. Enquanto esperava que o ferro aquecesse, olhei para a roupa para decidir o que passar primeiro.
Inicialmente o que parecia mais fácil eram as calças.
Portanto comecei a separar as calças. Durante este processo começou a haver um ligeiro cheiro a queimado. Normal segundo as instruções.
Continuei a separar a roupa.
Meias não era preciso passar, portanto para um lado. Foi qaundo vi os lenços de pano estes sim eram os mais fácieis.
A questão do cheiro tinha-se intensificado. Mas só me comecei a preocupar quando comecei a ver fumo a sair do ferro. Fumo não estava nas instruções. Em lado algum dizia que era normal o ferro deitar fumo.
Levantei o ferro e lá estava a razão. Uma linda marca castanha na toalha da mesa. Aparentemente  o ferro de emgomar deixado ligado mo máximo em cima da toalha de mesa queimava a toalha.
Para além da tábua e da extensão agora precisava também duma toalha.
Procurei qualquer coisa para por o ferro em cima. O melhor que encontrei, na altura foi um prato virado ao contrário.
Lá comecei a passa os lenços. Até correu bem.
As coisas começaram a complicar com as calças.
A razão de eu pensar que as calças eram fácieis tinha a ver com o facto de as pernas se puderem dobrar usando as costuras como medida. Isso na parte de baixo funciona perfeitamente.
Mas à medida que se vai subindo ao longo da perna, e a não ser que a superficie de suporte seja lisa e que as calças sejam mantidas completamente esticadas, o que acontece é que o tecido começa a rodar e o vinco deixa de estar direito.
Ao 5º vinco aconteceu o que era esperado. Chateado lá pousei o ferro com mais força e pimba parti o prato.
Acabou a passagem de roupa por aquele dia.
Agora para além  da tábua, da extensão e da tolha precisava também dum prato.
Desliguei o ferro.
Novo desafio. O que fazer com o ferro quente.
Havia a hipotese de usar outro prato. Mas enaquanto estava a avaliar se podia partir outro, olhei para o livro de instruções. Lá estava uma fotografia. Aparentemente podia-se usar a parte de trás do ferro como suporte, ficando o ferro na vertical.
Não vou descrever o restante da minha longa caminhada ao longo da descoberta da passagem a ferro. Só mesmo referir que houve um dia em que descobri o que eram tecidos sintéticos.
Foi no dia em que ao passar uma camisola, metade dela ficou agarrada ao ferro de engomar e estive 2 dias a tentar limpá-lo.
Seem falar do dia em que descobri porque é que roupas de cor e brancas não se deviam lavar juntas.
Nesse dia ganhei uma coleção de vários artigos em tons rosa.
Só posso dizer, e voltando à questão da vaca e do bife, que pegar numa vaca e colocá-la num pedaço de plástico é garantidamente um processo muito mais fácil do que pegar num cesto de roupa suja e de colocá-lo na gaveta pronto a ser usada.