Friday, February 18, 2011

Tartarugas e Bicicletas

Hoje ia a passar na rua e passou por mim uma bicicleta.
A questâo de porque é que as bicicletas têm 2 rodas, sempre me intrigou. Basta pensar que uma tartaruga tem 4 patas e nem por isso anda mais depressa.
Com base nesta hipotese podemos colocar a questão:
-Será que uma tartuga de 2 patas anda mais depressa que uma de 4?
Esta teoria é díficil de provar. Por um lado é dificil de encontrar tartarugas de 2 patas. O método mais fácil é pegar numa tartaruga normal de 4 patas e cortar 2 delas. Mas com estatécnica os dados experimentais não são fiáveis. A tartaruga sempre teve 4 patas e ao ver-se de repente com 2, irá evidentemente ficar com traumas psicológicos, causados pela sensação de perda das patas que sempre o acompanharam desde que nasceu.
Podia-se sómente amarrar 2 das patas. Com este método, evitariamos os danos psicológicos já que não surgiria a citada sensação de perda. No entanto, nesta caso, existiriam outros desafios. Quais patas se deveria amarrar. Dever-se-ia amarrar a s patas na diagonal, só de um lado, só à frente ou só atrás. 
Todas as opções têm prós e contras.
Na diagonal, a tartaruga irá ter sempre pontos de apoio à frente e atrás, podendo utilizar um movimento bamboleante para se deslocar. Se optarmos por só de um lado (esquerdo ou direito) a tarturuga poderá utilizar o outro como um ski. 
Se optarmos pela frente ou por atrás, a tartaruga terá neste caso a possibilidade de utilizar esse lado como um patim.
Neste momento já vamos com pelo menos 8 hipóteses de teste.
No entanto ainda falta analisar outros factores. Por exemplo a cabeça da tartaruga.
A cabeça irá ser sempre um ponto de desiquilibrio, já que como está colocada à frente e é ligada ao corpo por um pescoço comprido.
Para este problema as possiveis soluções são poucas.
Cortar a cabeça, irá evidentemente provocar problemas de coordenação motora da tartaruga, sendo esta coordenação essencial para correctamente avaliar a teoria proposta. Usar a opção de amarrar a cabeça, é um pouco problemático. Isto porque poderá limitar a capacidade respiratória da tartauga. É sabido que, quando corre, a tartaruga necessita de um maior volume oxigénio. A opção de colocar uma mascara ligada a uma botija de oxigénio, embora válida, provocaria também um aumento do peso total da tartaruga. Como a consequência na velocidade, pelo aumento da acção da gravidade. 
Convencer a tartaruga a manter a cabeça escondida é também complicado. A tartaruga é uma espécie muita antiga com uma lingua próxima do Basco ou do Mirândes. Como é do conhecimento comum só os naturais desses locais a conseguem falar, pelo que do mesmo modo só as tartarugas sabem falar Tartarugês.
Podia-se talvez colar a abertura da cabeça, utilizando fita larga para embalagem. Mas como consequências teriamos por um lado, uma grande limitação de visibilidade na tartaruga impedindo-a de ver para onde ia, e por outro voltavamos à questão do oxigénio.
Assim receio que o problema da tartaruga de 2 patas versus a de 4,  irá necessitar de mais tempo até ficar resolvida.
E enquanto os cientistas não acharem soluções técnicas mais viáveis para as limitações técnicas do estudo directo, seremos obrigados, do mesmo modo que para os vulcões, a utilizar modelos informáticos para simular codições próximas da realidade.
Deixo aqui um apelo.
Se alguém souber de um Subsidiozinho ou da UE, do Estado Português ou de qualquer Mecenato que eu possa usar para por uma pomto final esta teoria digam-me, por favor. Não necessita de ser coisa grande, nem próxima dos 250 milhões que custaram os estudos de análise do Aeroporto da OTA, o qual teve exactamente a mesma importância que saber se uma tartaruga de 2 patas anda mais depressa que uma de 4. 

2 comments:

  1. Ouve lá...ALém de me teres posto a rir à gargalhada com a tua escrita insana, conseguiste causar em mim o efeito semelhante ao de um valente charro, pois comecei a achar que andas a roçar a genialidade.

    Muito bom, Mestre Luis! Muito Bom!

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  2. Ok! Charro genial!

    Got it! Um abraço

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