Sunday, February 13, 2011

Baleias

Hoje estava com dor de cabeça. Aquela sensação de que a cabeça é uma entidade própria que pulsa com o bater do coração, que cresce e diminue ciclamente, dando a ideia que num momento somos gigantones e noutro em que fomos atacados pelos pigmeus da tribo dos encilhedores de cabeça.
O mau de tudo é que não paramos de pensar e de tentar optimizar as coisas. Por uma qualquer razão lembrei-me do tamanho do ouvido interno da baleia que em termos reais é cerca de de 20% do tamanho do do ser humano. A razão era óbvia. Caso não fosse assim qualquer som iria provocar uma dor de cabeça, o que numa baleia não deve ser um mal menor. Imagine-se alguém toca uma vuvuzela debaixo de àgua, a pobre da baleia vai a passar a 10 kilómetros, de repente "vooooooooooooooooooooooooooo", se tivesse um ouvido maior que o humano, pumba dor de cabeça do tamanho duma baleia. Para escapar ao som lá mergulha a baleia a 1 kilómetro de profundidade. A essa profundidade vivem aqueles animais que usam electricidade para poderem ver. A pobre da baleia, com a dor de cabeça, não os vê e pumba, tratamento das enxaquecas por electrochoque. A baleia melorava, mas o desgraçado do peixe lá ficava zonzo e era comido logo a seguir. Desgraça ecológica potencial. Assim a natureza, como sempre lá resolveu o problema diminuindo o ouvido interno das pobres das baleias.
Eu lá tive de por os tampões nos ouvidos e fechar as janelas. Enquanto esperava que os comprimidos actuassem pensava onde é que a mâe natureza guardava o livro de reclamações e sugestões, porque para além de terpensado nas dores de cabeça das baleias, poderia ter também pensado nas dos seres humanos.

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